CAPÍTULO:XVII- O Dilúvio Bíblico
Relatados, assim, os dois cataclismos anteriores e os acontecimentos que se lhes seguiram até o estabelecimento dos Árias nas Índias, resta-nos agora descrever o dilúvio asiático - que é aquele a que a Gênese se refere - que foi o último ato do grande expurgo saneador da Terra, naquelas épocas heróicas que estamos descrevendo.
Eis como Moisés relata o pavoroso evento:
"E esteve o dilúvio quarenta dias sobre a Terra; e todos os altos montes que haviam debaixo de todo o céu foram cobertos.
E expirou toda a carne que se movia sobre a terra...
Tudo que tinha fôlego de espírito de vida sobre a terra, tudo o que havia no seco, morreu...
E ficou somente Noé e os que estavam com ele na Arca."*
E agora a narração sumério-babilônica feita por Zisuthrus, rei da Décima Dinastia, considerado o Noé caldaico:
-"O Senhor do impenetrável abismo, anunciou a vontade dos deuses, dizendo:
Homem de Surripak, faz um grande navio e acaba-o logo; eu destruirei toda a semente davida com um dilúvio."
E prossegue o narrador:
-"Quando Xamas veio, no tempo pré-fixado, então, uma voz celestial bradou: à noite farei chover copiosamente; entra no navio e fecha a porta...
Quando o sol desapareceu, fui preso do terror: entrei e fechei a porta...
Durante seis dias e seis noites o vento soprou e as águas do dilúvio submergiram a terra.
Cheio de dor contemplei então o mar; a humanidade em lodo se convertera e, como caniços, os cadáveres boiavam."
*
Diz a tradição egípcia:
- "Houve grandes destruições de homens, causadas pelas águas. Os deuses, querendo expurgar a terra, submergiram-na."
*
E a tradição persa acrescenta:
- "A luz do Ised da chuva brilhou na água durante trinta dias e trinta noites; e ele mandou chuva sobre cada corpo por espaço de dez dias.
A terra foi coberta de água até a altura de um homem.
Depois toda aquela água foi outra vez encerrada."*
E os códigos esotéricos hindus narram o seguinte:
Eis como Moisés relata o pavoroso evento:
"E esteve o dilúvio quarenta dias sobre a Terra; e todos os altos montes que haviam debaixo de todo o céu foram cobertos.
E expirou toda a carne que se movia sobre a terra...
Tudo que tinha fôlego de espírito de vida sobre a terra, tudo o que havia no seco, morreu...
E ficou somente Noé e os que estavam com ele na Arca."*
E agora a narração sumério-babilônica feita por Zisuthrus, rei da Décima Dinastia, considerado o Noé caldaico:
-"O Senhor do impenetrável abismo, anunciou a vontade dos deuses, dizendo:
Homem de Surripak, faz um grande navio e acaba-o logo; eu destruirei toda a semente davida com um dilúvio."
E prossegue o narrador:
-"Quando Xamas veio, no tempo pré-fixado, então, uma voz celestial bradou: à noite farei chover copiosamente; entra no navio e fecha a porta...
Quando o sol desapareceu, fui preso do terror: entrei e fechei a porta...
Durante seis dias e seis noites o vento soprou e as águas do dilúvio submergiram a terra.
Cheio de dor contemplei então o mar; a humanidade em lodo se convertera e, como caniços, os cadáveres boiavam."
*
Diz a tradição egípcia:
- "Houve grandes destruições de homens, causadas pelas águas. Os deuses, querendo expurgar a terra, submergiram-na."
*
E a tradição persa acrescenta:
- "A luz do Ised da chuva brilhou na água durante trinta dias e trinta noites; e ele mandou chuva sobre cada corpo por espaço de dez dias.
A terra foi coberta de água até a altura de um homem.
Depois toda aquela água foi outra vez encerrada."*
E os códigos esotéricos hindus narram o seguinte:
- "O dia de Brahma não estava ainda terminado, quando se levantou a cólera do Varão Celeste, dizendo:
Por que, transformando minha substância criei o éter, transformando o éter criei o ar, transformando a luz criei a água, e transformando a água criei a matéria?
Por que projetei na matéria o germe universal do qual saíram todas as criaturas animadas?
E eis que os animais se devoram entre si; que o homem luta contra seu irmão, desconhece minha presença e outra coisa não faz que destruir minha obra; que por toda parte o mal triunfa do bem.
Sem atender à eclosão das idades estenderei a noite sobre o universo e reentrarei no meu repouso.
Farei reentrarem as criaturas na matéria, a matéria na água, a água na luz, a luz no ar, o ar no éter e este na minha própria substância. A água, da qual saíram as criaturas animadas, destruirá as criaturas animadas."
Mas continua a narração:
-"Vishnou, ouvindo estas palavras, dirigiu-se a Brahma e pediu-lhe que lhe permitisse a ele mesmo intervir pessoalmente para que os homens não fossem todos destruídos e pudessem se tornar melhores futuramente.
Obtida a concessão, Vishnou ordena ao santo varão Vaiswasvata que construa um grande navio, entre nele com sua família e outros espécimes de seres vivos, para que assim possa ser preservada na terra a semente da vida.
Assim que isso foi feito desabou a chuva, os mares transbordaram e a terra inteira desapareceu sob as águas."
E continuando, encontramos entre os tibetanos a mesma recordação histórica de um dilúvio havido em tempos remotos, o mesmo sucedendo com os tártaros, cujas tradições dizem que:
-"Uma voz tinha anunciado o dilúvio. Rebentou a trovoada e as águas, caindo sempre dos céus, arrastaram imundícies para o oceano, purificando a morada dos homens."
E finalmente o acontecimento é contado pelos chineses da seguinte forma:
-"Quando a grande inundação se elevou até o céu, cercou as montanhas, cobriu todos os altos e os povos, perturbados, pereceram nas águas."
*
E subindo um pouco mais encontramos entre os tibetanos a mesma recordação histórica de um dilúvio havido em tempos remotos, o mesmo sucedendo com os tártaros, cujas tradições dizem que:
- “Uma voz tinha anunciado o dilúvio”.
Rebentou a trovoada e as águas, caindo sempre dos céus, arrastam imundícies para o oceano, purificando a morada dos homens”.
E finalmente o acontecimento é contado pelos chineses da seguinte forma:
- “Quando a grande inundação se elevou até o céu, cercou montanhas, cobriu todos os altos e os povos, perturbados, pereceram nas águas”.
*
Por que, transformando minha substância criei o éter, transformando o éter criei o ar, transformando a luz criei a água, e transformando a água criei a matéria?
Por que projetei na matéria o germe universal do qual saíram todas as criaturas animadas?
E eis que os animais se devoram entre si; que o homem luta contra seu irmão, desconhece minha presença e outra coisa não faz que destruir minha obra; que por toda parte o mal triunfa do bem.
Sem atender à eclosão das idades estenderei a noite sobre o universo e reentrarei no meu repouso.
Farei reentrarem as criaturas na matéria, a matéria na água, a água na luz, a luz no ar, o ar no éter e este na minha própria substância. A água, da qual saíram as criaturas animadas, destruirá as criaturas animadas."
Mas continua a narração:
-"Vishnou, ouvindo estas palavras, dirigiu-se a Brahma e pediu-lhe que lhe permitisse a ele mesmo intervir pessoalmente para que os homens não fossem todos destruídos e pudessem se tornar melhores futuramente.
Obtida a concessão, Vishnou ordena ao santo varão Vaiswasvata que construa um grande navio, entre nele com sua família e outros espécimes de seres vivos, para que assim possa ser preservada na terra a semente da vida.
Assim que isso foi feito desabou a chuva, os mares transbordaram e a terra inteira desapareceu sob as águas."
E continuando, encontramos entre os tibetanos a mesma recordação histórica de um dilúvio havido em tempos remotos, o mesmo sucedendo com os tártaros, cujas tradições dizem que:
-"Uma voz tinha anunciado o dilúvio. Rebentou a trovoada e as águas, caindo sempre dos céus, arrastaram imundícies para o oceano, purificando a morada dos homens."
E finalmente o acontecimento é contado pelos chineses da seguinte forma:
-"Quando a grande inundação se elevou até o céu, cercou as montanhas, cobriu todos os altos e os povos, perturbados, pereceram nas águas."
*
E subindo um pouco mais encontramos entre os tibetanos a mesma recordação histórica de um dilúvio havido em tempos remotos, o mesmo sucedendo com os tártaros, cujas tradições dizem que:
- “Uma voz tinha anunciado o dilúvio”.
Rebentou a trovoada e as águas, caindo sempre dos céus, arrastam imundícies para o oceano, purificando a morada dos homens”.
E finalmente o acontecimento é contado pelos chineses da seguinte forma:
- “Quando a grande inundação se elevou até o céu, cercou montanhas, cobriu todos os altos e os povos, perturbados, pereceram nas águas”.
*
Por estes relatos diferentes se verifica que todos os povos do Oriente conheciam o fato e se referiam a um dilúvio ocorrido nessa vasta região que vai das bordas do Mediterrâneo, na Ásia Menor, ao centro norte do continente asiático.
Em alguns desses relatos as semelhanças são flagrantes e dão a entender que, ou o conhecimento veio, promanando de uma mesma fonte informativa, ou realmente ocorreu, atingindo toda essa região e deixando na consciência coletiva dos diferentes povos que a habitavam a recordação histórica, para logo ser transformada em tradição religiosa.
Por outro lado, há vários contestadores da veracidade do acontecimento, que se valem de diferentes argumentos, entre os quais este: de que chuvas, por mais copiosas e prolongadas que fossem, não bastariam para inundar a terra em tão extensa proporção, cobrindo "altos montes", como diz Moisés, ou "elevando-se até o céu", como diz a tradição chinesa.
Atenda-se, porém, para o fato de que o estilo oriental de narrativas é sempre hiperbólico; como também note-se que os testemunhos de alguns outros povos, como, por exemplo, o Persa, não vão tão longe em tais detalhes, e os egípcios, que estão situados tão próximos da Palestina, são ainda mais discretos afirmando unicamente que a terra foi submergida.
Atentando para as narrativas hebraica, hindu, e sumério-babilônica, partes das quais acabamos de transcrever, verifica-se que em todas, entre outras semelhanças, existe a mesma notícia de uma família que se salva das águas, enquanto todos os demais seres perecem.
Julgamos quase desnecessário esclarecer que essas famílias representam a parte melhor da população que se salvou; o conjunto de indivíduos, moralmente mais evoluídos ou moralmente menos degenerados, que a Providência divina preservou do aniquilamento, para que os frutos do trabalho comum, o produto da civilização até aí atingida, não fossem destruídos e pudessem se transmitir às gerações vindouras.
Assim também sucedeu, como já vimos, nos cataclismos anteriores, da Lemúria e da Atlântida e assim sucede invariavelmente todas as vezes que ocorrem expurgos saneadores do ambiente espiritual planetário: a grande massa pecadora é retirada e somente um pequeno número selecionado sobrevive.
Justamente como disse o Divino Mestre na sua pregação:
"São muitos os chamados, poucos os escolhidos."
No que se refere às controvérsias já citadas, nada mais temos a dizer senão que a circunstância de estar o acontecimento do dilúvio registrado nos arquivos históricos de todos os povos referidos basta para provar sua autenticidade, como também para excluir a hipótese, adotada por alguns historiadores, de que essas narrativas se referem ao dilúvio universal, ou a algum dos períodos glaciários a que atrás nos referimos.
O dilúvio narrado na Bíblia representa a invasão da bacia do Mediterrâneo pelas águas do oceano Atlântico, quando se rompeu o istmo de Gibraltar com o afundamento da Pequena Atlântida e seu cortejo de distúrbios meteorológicos.
Com a descrição do dilúvio asiático e de acordo com a divisão que adotamos para a história do mundo, como consta do capítulo III, aqui fica encerrado o Primeiro Ciclo, o mais longo e difícil para a evolução planetária, que abrange um período de mais de meio bilhão de anos.
Em alguns desses relatos as semelhanças são flagrantes e dão a entender que, ou o conhecimento veio, promanando de uma mesma fonte informativa, ou realmente ocorreu, atingindo toda essa região e deixando na consciência coletiva dos diferentes povos que a habitavam a recordação histórica, para logo ser transformada em tradição religiosa.
Por outro lado, há vários contestadores da veracidade do acontecimento, que se valem de diferentes argumentos, entre os quais este: de que chuvas, por mais copiosas e prolongadas que fossem, não bastariam para inundar a terra em tão extensa proporção, cobrindo "altos montes", como diz Moisés, ou "elevando-se até o céu", como diz a tradição chinesa.
Atenda-se, porém, para o fato de que o estilo oriental de narrativas é sempre hiperbólico; como também note-se que os testemunhos de alguns outros povos, como, por exemplo, o Persa, não vão tão longe em tais detalhes, e os egípcios, que estão situados tão próximos da Palestina, são ainda mais discretos afirmando unicamente que a terra foi submergida.
Atentando para as narrativas hebraica, hindu, e sumério-babilônica, partes das quais acabamos de transcrever, verifica-se que em todas, entre outras semelhanças, existe a mesma notícia de uma família que se salva das águas, enquanto todos os demais seres perecem.
Julgamos quase desnecessário esclarecer que essas famílias representam a parte melhor da população que se salvou; o conjunto de indivíduos, moralmente mais evoluídos ou moralmente menos degenerados, que a Providência divina preservou do aniquilamento, para que os frutos do trabalho comum, o produto da civilização até aí atingida, não fossem destruídos e pudessem se transmitir às gerações vindouras.
Assim também sucedeu, como já vimos, nos cataclismos anteriores, da Lemúria e da Atlântida e assim sucede invariavelmente todas as vezes que ocorrem expurgos saneadores do ambiente espiritual planetário: a grande massa pecadora é retirada e somente um pequeno número selecionado sobrevive.
Justamente como disse o Divino Mestre na sua pregação:
"São muitos os chamados, poucos os escolhidos."
No que se refere às controvérsias já citadas, nada mais temos a dizer senão que a circunstância de estar o acontecimento do dilúvio registrado nos arquivos históricos de todos os povos referidos basta para provar sua autenticidade, como também para excluir a hipótese, adotada por alguns historiadores, de que essas narrativas se referem ao dilúvio universal, ou a algum dos períodos glaciários a que atrás nos referimos.
O dilúvio narrado na Bíblia representa a invasão da bacia do Mediterrâneo pelas águas do oceano Atlântico, quando se rompeu o istmo de Gibraltar com o afundamento da Pequena Atlântida e seu cortejo de distúrbios meteorológicos.
Com a descrição do dilúvio asiático e de acordo com a divisão que adotamos para a história do mundo, como consta do capítulo III, aqui fica encerrado o Primeiro Ciclo, o mais longo e difícil para a evolução planetária, que abrange um período de mais de meio bilhão de anos.
Segue vídeo explicativo que encontrei no You Tube:
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Sua opnião é muito imortante para o GEAEC. Obrigada!